Roa as unhas.
Um tal já me pegou chorando, também pudera, não é nada raro me pegar chorando.
Haviam duas velhinhas de antiquários presentes, me enchendo de culpa por ter deixado um tal me ver chorar e tentando inibir cada suspiro meu.
A tentativa foi em vão, a verdade é que mesmo a pessoa mais tímida ou a mais segura, quando deixa alguém vê-la chorar, já não pode mais parar. Ás lagrimas não se pode conter, elas tem vida própria e quando se deixam ser vistas por outra íris, fazem um pacto de intimidade com as mesmas, e mesmo que se tente escondê-las, elas saem, caem, transbordam queimando as pálpebras, gerando dor de cabeça e inchaço no rosto. Escorrem pelo nariz e pela boca, ressecando as maçãs.
Um martírio feito pelo mais bem qualificado carrasco. Que te obriga a confessar em silencio seus pecados. Cada lagrima é auto-explicativa, cada uma tem seu parágrafo, e o choro a sua própria retórica. Cada suspiro abafado é uma pausa, um ponto, onde se toma fôlego para recomeçar.
Um tal me olhava, e as velhinhas pararam de tentar me inibir. A reação era outra, minhas lagrimas também fizeram o pacto com suas íris e agora éramos cúmplices, mas um tal, esse a nada compreendia. Senti que mal conseguia ler meus parágrafos, e não entendeu minha retórica, mas seu silencio foi necessário.
Alguns do bar me olhavam, e pensavam no precedente da bebida, era bem claro para mim isso, que até me senti mais comportável, antes fosse bebida.
As velhas pagaram sua conta e eu voltei e eu fiquei lá com ele, no mesmo canto roxo que estávamos, sem falar nem nada.
Passando um tempo, quando já sentia menos peso, ele me escoltou até a saída do café, e na saída havia um biombo de madeira talhada, que ora pareciam anjos e outra pareciam homens em batalha. Sorrimos.
O abraço foi demorado, mas foi limpo, sem lagrimas, sem paráfrases. Foi chocolate amargo.
Em casa fiz um chá preto, fumei um malboro light e me deitei.
Nunca houve, até então, uma melhor dormida depois de um termino de namoro.
Haviam duas velhinhas de antiquários presentes, me enchendo de culpa por ter deixado um tal me ver chorar e tentando inibir cada suspiro meu.
A tentativa foi em vão, a verdade é que mesmo a pessoa mais tímida ou a mais segura, quando deixa alguém vê-la chorar, já não pode mais parar. Ás lagrimas não se pode conter, elas tem vida própria e quando se deixam ser vistas por outra íris, fazem um pacto de intimidade com as mesmas, e mesmo que se tente escondê-las, elas saem, caem, transbordam queimando as pálpebras, gerando dor de cabeça e inchaço no rosto. Escorrem pelo nariz e pela boca, ressecando as maçãs.
Um martírio feito pelo mais bem qualificado carrasco. Que te obriga a confessar em silencio seus pecados. Cada lagrima é auto-explicativa, cada uma tem seu parágrafo, e o choro a sua própria retórica. Cada suspiro abafado é uma pausa, um ponto, onde se toma fôlego para recomeçar.
Um tal me olhava, e as velhinhas pararam de tentar me inibir. A reação era outra, minhas lagrimas também fizeram o pacto com suas íris e agora éramos cúmplices, mas um tal, esse a nada compreendia. Senti que mal conseguia ler meus parágrafos, e não entendeu minha retórica, mas seu silencio foi necessário.
Alguns do bar me olhavam, e pensavam no precedente da bebida, era bem claro para mim isso, que até me senti mais comportável, antes fosse bebida.
As velhas pagaram sua conta e eu voltei e eu fiquei lá com ele, no mesmo canto roxo que estávamos, sem falar nem nada.
Passando um tempo, quando já sentia menos peso, ele me escoltou até a saída do café, e na saída havia um biombo de madeira talhada, que ora pareciam anjos e outra pareciam homens em batalha. Sorrimos.
O abraço foi demorado, mas foi limpo, sem lagrimas, sem paráfrases. Foi chocolate amargo.
Em casa fiz um chá preto, fumei um malboro light e me deitei.
Nunca houve, até então, uma melhor dormida depois de um termino de namoro.
1 Comments:
To com ciumes... Hehehehe...
Vc comenta no blog do Raphael, mas não no meu...
:P
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