Baiano e todos os seus santos.
Baiano era desgraçado
Pérapado
Malamado
E ontem me apareceu machucado.
Filho de Oxalá,
Era alguém do lado de lá,
De cá, é Baiano sem dentes,
E faz sua prece para todos os entes.
O Planalto lhe roubou a visão,
Mas baiano é baiano e não sabe de ralação.
Onde passa ele trisca,
E sua embriaguez fica.
Vive no meu estacionamento,
Lá compra cana para o alimento.
Os papelões do lixo juntos formam o seu barraco,
Pela noite, fecha os olhos e vê seu buraco.
Não serve pra lavar um carro
No entanto, sabe onde acender seu cigarro
O que não muda no Baiano é seu sorriso
Espancado ou vivo, me vem logo como um aviso
“Uma ajuda aí minha menina?!”
Pérapado
Malamado
E ontem me apareceu machucado.
Filho de Oxalá,
Era alguém do lado de lá,
De cá, é Baiano sem dentes,
E faz sua prece para todos os entes.
O Planalto lhe roubou a visão,
Mas baiano é baiano e não sabe de ralação.
Onde passa ele trisca,
E sua embriaguez fica.
Vive no meu estacionamento,
Lá compra cana para o alimento.
Os papelões do lixo juntos formam o seu barraco,
Pela noite, fecha os olhos e vê seu buraco.
Não serve pra lavar um carro
No entanto, sabe onde acender seu cigarro
O que não muda no Baiano é seu sorriso
Espancado ou vivo, me vem logo como um aviso
“Uma ajuda aí minha menina?!”
2 Comments:
Nossa, essa é a primeira vez que eu vejo um poema aqui...
E tão Drummondiano!
adorei. :)
:*
Ahh o baiano é gente boa demais!
Viva o Baiano!
Amiiiiiiissss escreve maaaaais!
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