Thursday, August 30, 2007

Todo sobre Nina

Tuesday, August 21, 2007

Hmmm love it!



I'll always be by your side
Even when you're down and out
I'll always be by your side
Even when you're down and out


I just wanted to be your housewife
All i wanted was to be your housewife
I'll iron your clothes, I'll shine your shoes
I'll make your bed, and cook your food
I'll never cheat, I'll be the best girl you'll ever meet
And for a diamond ring, I'll do these kinds of things

Its nearly midnight and all i want with my life
Is to be a housewife
Is to be a housewife
'Cause it's nearly midnight and all i want with my life
Is to die a housewife
Is to die a housewife


I'll scrub your floor, never be a bore
I'll tuck you in, I do not snore
I'd wear your black eyes
Bake you apple pies
I don't ask why
And I trys not to crys

I'll always be by your side

Even when you're down and out

I'll always be by your side

Even when you're down and out

Its nearly midnight, and all i want with my life
Is to be a housewife
Is to be a housewife
'Cause it's nearly midnight, and all i want with my life
Is to die a housewife
Is to die a housewife

Thursday, August 09, 2007

Mi querida Jazz

Baby Jaz,

Hoje descobri mais uma divindade argentina, além de Borges, Piglia, Santis, dulce de leche e as orquestras de tango, hoje pude me enamorar ao som do Porteña Jazz Band.
Eram 10 divididos entre clarinetes, tubas, saxofone, piano, bateria, trompete, e todos tocavam para mim, eu era o ponto de concentração no meio da mediana sala Martins Pena no Teatro Nacional, euzinha, o ponto branco com beiço vermelho no meio daquele pardo mostarda do teatro. Sorriam, piscavam, me faziam rir e cada nota me emocionava de tal forma que passei uma hora com o maxilar anestesiado, sorrindo para meus 10 amantes.
Apesar de amar todos, quem ditou o campasso dos meus batimentos foi o tipo da bateria, um viejo de 77 anos de boca murcha, nariz saliente, magricela e olhos fundos. Ficava no 3° plano só com seu monumental instrumento que o negligenciava.
Meu maestro esta na banda ha 40 anos e sei que a idade lhe aguçou o talento. Quando menos esperava, desarmada, ele declara seu amor por mim, salta do seu lugar comum e veio para mais perto de mim, tocando um instrumento do jazz dos anos 20 em Nova Orleans, o coloquialmente 'tabua de lavar', tocou com tanto vigor esse que eu não conhecia, saltando, sorrindo e me mandando beijinhos.
Ah Buenos Aires, outra vez me pega
Onde escondia essa peça?
Ja me basta o sotaque chiado
Que farei com esse achado?
Creio que só me resta sorrir
E um dia teremos de convir
Que esses amores não se fazem por aqui!
Jazz, a pátria que me perdoe mas, embreagada de amor, ouso afirmar que deus não é brasileiro, ele é argentino!

Sunday, August 05, 2007

Coisas do João 3bs

Acho que era na biblioteca do Rio, tenho quase certeza, porque lembro de ter mencionado em alguma aula o quanto gostava do Rio, e esse tipo de informação para mim é algo de graça, apesar de João 3bs ser mais que um medíocre aluno.
Eu fechava a escola, e meu último aluno era quase sempre João 3bs, bem, quando estava aqui em Brasília, porque constantemente viajava, tanto pelo Senado, como pela literatura.
Em 20 minutos dávamos a lição, dávamos porque mesmo eu sendo a professora, João que me ensinava as coisas, suas perguntas embolavam minha lingua e eu travava e juntos íamos atrás de respostas. A verdade é o letrado me intimidava e ainda hoje um pouco.
Uma noite chegou com uma historia que estava na Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro - tenho quase certeza - e dentre esses livros velhos, empoeirados de capa dura sem ilustração, escolheu um que não sei o nome tão pouco o autor, ele me disse mas apaguei da minha memória, porque o relato depois foi bastante intenso. João 3bs abre o livro em uma página qualquer, e vê a obra de arte de uma traça que entre aquelas páginas morava. Aquele livro deveria estar fechado por um bom tempo, porque aquela obra de arte era grandiosa, considerando que sua autora era uma traça. Penso as vezes que não foi somente uma, mas talvez uma família de traças, ou uma geração de traças que dividiram por muito tempo aquelas páginas no escurinho, sem ver o que estavam traçando.
Quando João abriu o livro, a obra de arte o deixou intrigado - assim como seu relato me tocou o coração - a obra de arte era espelhada, o que estava numa página se repetia exatamente na outra, que beijara a página anterior por bastante tempo e continuará pela eternidade. Era uma mulher, nua, com os braços levantados, voluptuosa, fazendo charme na frente da outra página que a refletia como um espelho. Mas a obra quando olhada como uma só imagem me parecia um rosto depremido esguio, uma caveira. Acredito que a traça traçou o amor da página impar com a par, hora se admiravam, viam a beleza curvilínea uma da outra, hora se deprimiam com o fato de nunca poderem se separar.
Pude me deleitar com tal imagem porque meu querido pupilo tirou uma xerox na biblioteca e me trouxe no outro dia de aula, com um poesia.

Balé

-Vamos traçar um livro!
traçou com leveza
uma traça à outra
e, transando de folha a outra,
desenharam amores
para outros (nem tão bem traçados)
leitores.

João Bosco Bezerra Bonfim

Saudades.