Thursday, April 20, 2006

February 21, 1933 - April 21, 2003

We need some Nina, some Nina Simone around here daddy.

At he 50s, in Philadelphia, there was this black woman, the girl.
The girl was born in Mississippi Goddam. You know, everyvoby knows about Mississippi Goddam.
She used to serve tables at Mississipi Goddam .
She had gone from Mississipi to Philadelphia. And that is her story,
Her boyfriend Joe, was a fit guy, well known in the city, had some businees deals of some kind. Was black, a black fit guy, and that is about that about Joe. The man would never, never and never leave Mississipi Goddam.
Poor Joe, the girl, this pretty black cute big ass girl, with a pretty, pretty, pretty smile, wanted more, more, more than Mississipi Goddam.
After a crime comited in Mississipi Goddam, the girl, she was, she was feeling so low. She was working, her heart was working, but there something wrong going.
You know folks, she had a life a millionare, sharing her money, she didnt care. And Joe, oh, oh, oh poor Joe felt he was about to lose his cute , cute, cute big ass girl.
Ne me quite pas! Ne me quite pas! Ne me quite pas.
But she, she was leaving, and now, folks were feeling so low. The girl from Joe’s. They were greeting, and they were, yes there were, consoling poor Joe.
They going to miss her songs, gonna miss, miss, miss her smile, she is dragging to this long, long mile.
Now, she is down, the girl is down and all.
And they, oh they say everything can be replace, see I dont believe that, but I think he must have another lover, another lover undercover.
And now, she is blue, oh mama, she always got the blues, some blacklash blues. She tried to find a job, to earn a little cash, oh the world is big, and its full of blokes like me, like black, oh I got the blues. I wanst feeling good, I mean no evil, but dont know what to do, that is the reason Im going black and blues.
Oh tell me baby, telll me baby mama, what do I supose to do?! His got another woman now, mah fit, fit fit, black. Mama, help me mama I got the blues.
Go to hell.
Any day now, any day now, I shall be realeased.
I want some sugar hun, some sweet down in my throat.
We need some Nina daddy, some Nina in our soul baby daddy. Daddy, what is the matter?! Save my soul, give me some Nina, Nina in our soul Daddy. Nina for lovers baby, only for lovers, daddy.

Nina is young, gifted and black.

Saturday, April 01, 2006

O ensaio

IV.

O sol entrou pela janela entreaberta. Toda a colcha da cama, lençóis, almofadas, bem o quarto todo era branco, pálido, com poucos detalhes vermelhos, a decoração, ela mesma tinha feito, e estava muito distinto e bonito, de sua maneira especial.
Catarina abriu os olhos, e seus cílios estavam mesclados com madeixas ruivas da descabelada cabeleira. Acordara bem, diferente das consecutivas manhãs dos últimos meses. Virou o rosto e jogou toda a cabeleira pro outro lado, o sol machucou seus olhos, que estavam semi abertos pela claridade que o quarto com seus brancos rebatiam.
Na fresta de luz que passava pelo meio de seus cílios, ainda cruzados pela claridade, viu aquela corpo embasado, quem era branco, trazendo harmonia ao cômodo, pensou “combina com o quarto e com meus cabelos” – sorriu. Forçou os olhos, queria ver bem aquela imagem.
As costas brancas e largas, com os ossos triangulares salientes, o rosto virado para o outro lado da cama, de cara para o sol, com certeza o incomodava. Aquela figura delgada, alta, com os cabelos hora castanhos hora loiros, os braços largos, a mão masculina rude e áspera, alinhadas ao seu corpo, rente ao seu quadril. Tinha a metade do lençol no meio da parte de traz cocha, se via seu culo, branco, de menino, de homem, perfectamente redondos, que reluziam a luz dando uma capa dourada a sua pele. Era um rei, e ela sua rainha, sua serva, sua amante, sua mulher.
Ela sorria largada na cama, vendo suas curvas e comparando ao corpo retangular dele. Lembrava das bem feitorias da noite passada, e como o amava.
Milan Kundera fala que o amor é o sono compartilhado. Seu personagem Tomas era curioso pela forma feminina, se deitava com todas, mas só podia dormir, e amanhecer cheirando o suor da noite passada, o cabelo úmido emaranhado, a cara inchada, o nariz e poros abertos, ao lado de uma só mulher, de sua Tereza.
Ela era sua Tereza e ele seu Tomas.
Ficou horas apreciando aquele menino dormir ao seu lado. Sentia-se uma maestra, uma trintona, casada, que pagava meninos mais novos para ter o que seu marido, empresário, não podia lhe dar. Na verdade, ele era seu aluno, mas agora, bem mais que isso, essa seu confidente, seu amante. Deixou de ser sua advertência e passou a ser seu homem, ela, advertência dele.
Percebeu que Milan falara, estava, de verdade correto, não havia melhor cheiro do que o cheiro daqueles lençóis, daquela manhã mofenta descendente de uma noite de amor agitada de amor.
Depois de telo apreciado durante o bom sono remanescente da manhã, não queria passar nenhum minuto longe dele, e se atreveu a tocar suas costas, acariciá-las, devagar, para que não se desperte. Seguindo o contorno de sua espinha dorsal, passando o dedo pela nuca, e descendo até seu bumbum, fazendo sombra ao dourado da pele. Ele continuou dormindo, ou senão fingindo, e claro, feliz pelos afagos cuidadosos.
Nua, sobre a colcha branca, que se confundia com a cor de sua pele, pegou na cabeceira do lado um livro que estava lendo, de Álvaro Vargas Llosa, o folheava, e caiu entre seus seios um recorte, ela o pegou e leu

Wellington (Reuter). Una profesora de Nueva Zelanda, de 24 años, ha sido condenada a cuatro años de cárcel por un juez de esta cuidad por violación sexual, trás haberse comprobado que la maestra mantenía relaciones carnales con un niño de diez años, amigo y compañero de colegio de su hijo. El juez precisó que le había dado la misma sentencia que hubiera imposto a un hombre que hubiera violado a una niña de esa edad.

Soltou uma gargalhada alta, frouxa e preguiçosa, sentia seu abdômen se movimentar com preguiça por ter acordar e ser forçar a contrair por lãs gargalhadas fortes que sua dona emitia. Não pode se conter, mesmo com o amado ao lado adormecido.
- De que esta rindo?! – Ele disse com um sorriso forçado pelo lábio que se recusava abrir -. Amo essa tua risada, seria um presente de Eros me conceder que todas as manhas acorde do seu lado com essa risada.
Ela, continuou seu pensamento e leu em voz alta o recorte, sorridente.
- Quero conhecê-la, essa mulher, essa maestra é uma desbravadora, assim como você. Todos os meninos deveriam perder usa virgindade na adolescência com suas professoras.
Ela sorriu, virou para ele e o fitou por alguns segundos. Se o beijara, esse amor valeria por muito tempo, quem sabe para sempre. O pior beijo é ao despertar, gosto de metal enferrujado.
Ela, o beijou, e sentiu a intrusão da dolce lengua de menino na sua boca, seus lábios secos e pegajosos que mal se abriam, pelo despertar demorado, e compartilharam aquele gosto matinal de metal enferrujado, que lhes servia como café da manhã na casa. Mais uma vez se amaram.