Monday, September 25, 2006

Random

La Dormeuse of Tamara de Lempicka
The sun had just spoted our eyes open.
Both half naked and trying to look normal after such a nice love making fuck.
-Can I fuck your nose?
-Hahaha, sure!
-Ha! I mean it.
-Of course, but how would you do that?
-Don’t really know. Fuck, there should be a way to have a nice nose fucking… I mean it., just so pretty! I could throw you all away and just have a nice husband and wife life with your nose.
-Hmmm I could do the same with your mouth.
-Maybe my mouth and your nose could fuck each other.

I covered him up, took care of him then, took care of him still.

-Don’t be cute!
-I love you
-If my full fist goes into your open mouth perfectly, then that means that I love you too

So I open my mouth, as wide as I could, and gently he placed his full closed fist on it.

-I love you too… Is it forever?
-Its for long as your nose remain the same.
-For long as my fist fits your mouth.
-Deal!

I layed on his chest.

-When did we start?
-Not so much ago. Remember when we met?! Truly something sweet.
-Yeah, I didn’t even think you were good looking.
-I thought you were, and most of all, after a little chatting, interesting, then you said something funny… what was it? Its was... oh yeah, it was “As Nieztch say, that each doesn’t kill you only makes you stronger!” I knew you didn’t care. I almost kissed you for that.
-Hahaha, I didn’t know that. But yeah, sure, yeah I know what you mean. By the time I set eyes on you I didn’t think much, but a second after hi’s I was practically ready to go to bed with you.
-Why didn’t you?
-You were shagging someone else, this girl, remember?
-I could fuck both, simultaneously.
-I didn’t want that, I could never share a nostril.
-When did we begin?
-We begin the exact moment I held your arm, and start to spell things with my finger.
-Happy birthday.
-Yeah, my birthday present, that was our beginning.
-When would we finish?
-Whenever my finger fall.
-Never, I will glue them up!
-I hope you do.
-Don’t be cute!

I apple love you
I orange love you too




I need you loving like the sunshine.

Its today, I'm really happy for you

Bjork


Um resto de coca-cola.
Um doce qualquer feito pela empregada dias atrás.
67Km rodados. Merda de Brasília.

-Você parece com a Bjork.
-Como?
-Ah, sei lá... me lembra.
-Quem me dera.

Pois é, ele me elogiou. Confesso que fiquei com medo, consegui ate imagina a cena dele, com uma arma, esperando o final da cerimônia para sacá-la e me acertar uma bala em cheio, no meio do peito, e meu vestido preto iria ensangüentar. A cena é tão real que realmente pensei que fosse acontecer, fiquei esperando. Seria uma cena e tanto.

-Você ta linda.
-Ah, obrigada, você também!
-Ta parecendo a Scarllet Johanson.
-Quem me dera.

Argh, que tedioso, estava para morrer de tédio. Os outros são os outros falando daquilo que de nada me importa e ainda os outros um casal. Graças a Deus pela vinho e pelas boas vozes, me fizeram companhia pelo resto da noite.

With or without you

-Mas me fala, porque você ta triste?
-Eu não to triste, só sou uma pessoa estranha.
-Mas isso todo mundo é.
-Mas eu sou de uma maneira especial.

I like to feel his eyes on me when I look away.

Um sorriso lindo, uma pessoa adorável e encantadora. Realmente digno de seus olhos arqueados, cílios grandes, nariz ressaltado e de sua sobrancelha expressiva.

-Saudades!

Amo a minha pequena, minha cara metade, a metade que Platão fez para mim quando separou andrógenos. Minha pequena é a bondade e o afeto que me falta, a sabedoria e a decisão que me falta. Amo minha pequena, amo!

Se a presença de um for importante em uma vida de outro
a presença de outro na vida de um é única.


-Para de mentir
-Para de mentir
-Você ta cheia de mentirinhas agora
-She is a lier!
-Yeah, she actually is… Remenber the lie about Rita’s death?

Realmente não tenho o tido êxito, mas o melhor êxito que já tive em minha ultima vida, foram as mentiras bem contadas. O seu consentimento nos torna cúmplice dela.

-Yeah, that lie was perfect.
-Hahaha what you mean? You believed on it?
-Of course, it was true.

Assim se vai minha verdade, como a despedida de uma pessoa que se ama, que se ama muito e que se tem a certeza que aquela despedida não foi uma despedida, foi um “até amanhã.”

-Eu te amo!
-Eu tambem te amo.

Beethoven’s Symphony N. 9

Tuesday, September 19, 2006

I once fell in love with you just because the sky turned from gray into blue

Cena da videoinstalação Segmento de Reta por Gisele Morra e Leandro Lima
Havia um calígrafo, como o do argentino Martin, escrevendo mensagens para meus clientes em minhas curvas.
Escrevia palavras tiradas do divino, um sermão, para levar aos padres com quem dormia.
Escrevi que o amava, entre as pernas, ele escreveu no meio dos seios que também.
Era mentira, porque com os padres também gostaria de dormir.

Ele me traiu, depois de me fuder, me traiu.
De nada foi viril, é mentecapto e isso bem lhe serviu.
Que me disse de nada vale,
Foi como um pré-meditado alibi.
Uma promessa me fez antes de partir
E como bom menino, sempre me fez rir
Desgraçado, filho de uma puta.
O êxtase me subiu pela cabeça,
Como iria conseguir com tanta tristeza?
Já não havia mais beleza
Hahaha!
Mas só me abraçou com as pernas, vi que das suas mãos não era digna.
Passei de uma amiga com fama
Mas senti que se houvesse me jogado na lama
Me deixei ser usada.
Quem nunca deixou que jogue a primeira pedra.
Pena!
Algo tão sublime
Tivemos que esconder parecendo crime.

A frase de minhas costas, escrita pelo outro, não deixei tirar.
Não deixei que fosse com sua tinta mágica, sim, a que depois que dormíamos apagava, como se tudo que tivesse passado fosse uma brincadeira. Essa, mandei que escrevesse com tinta anil, sob a pele, com o brilho do ouro, consistência da prata e a tonalidade do bronze.
E ela dizia:

La verdad te hará libre.

Quem sabe distanciar a vida da escrita?
A escrita é a vida profunda, pensada e repensada, apagada e amargurada, fantasiada com prazer.
A escrita é a dádiva!
Escrever reescreve o apagado, mas depois que a escrita é escrita não tem volta.
A escrita é para amores e para desamores, assim como para profetas e para hipócritas. O argentino bem sabia, falava tudo isso dentro da minha boca e com a língua, como a tua, eu escrevi e ainda escrevo, não te amei.
O leitor é quem é o perigo do texto pragmático. O autor, no caso eu, só escrevo e estruturo do modo que quero, escondo meus significados e deixo meus significantes nus.
Cuidado com o que você lê, cuidado com como você lê.
Minha prece é para a hermenêutica.
It was a good friday
the street were open and empty

Saturday, September 09, 2006

This is love

Foto de CAO Guimarães da serie cambiarras

-Muleca você ta aprontado alguma coisa.
-Não to não.
- Hmm, ta sim, e essa cara de sonsa?!
-Ah, eu sempre tive essa cara de sonsa.
-Aham, sei, mas mesmo assim, esta com um brilho diferente nos olhos.
-Não to nada!
-Ta de namorado novo, não esta?
-Hahaha, não!
Eu de braços cruzados debaixo dos meus peitos, e ele com a mão sobre meus braços, como se quisesse desatá-los.
Tinha um corte no canto direito da boca, corte desses que menino de 13 anos fazem ao tentar tirar a barba que não existe. O corte foi feito pela manhã, tinha certeza, porque ainda estava fresco. Percebi que não são somente os meninos de 13 anos que se cortam com o barbeador, mas também os velhos de pele mucha e fria, pela quantidade de pregas, falta de colágeno e pela vitalidade que já lhes padece.
Eu sentia nojo daquela mão perto dos meus peitos e daquele corte fresco, argh! Mas me sentia bem por ele ter me colocado como um enigma, realmente nada tinha acontecido, mas provocá-lo me satisfazia de uma forma inexplicável, era como dar uma certa esperança a uma criança, prometendo que ira levá-la no Mc Donalds, e ao ultimo momento desistir, por maldade mesmo.
-Bem, tou indo ali comprar chiclete.
-Hmmm, ta! Tudo bem!
Enfim o deixei descruzar meus braços e colocar ao redor dele para nos despedirmos. Ele me lascou um beijo estalado no ouvido, foi, até então, a coisa mais nojenta desse meu personagem, o beijo estalado deu asco a minha alma, ressoou pelo meu ouvido, entrando dentro do meu corpo, fazendo que todas minhas células e meus órgãos sentissem asco daquele beijo.
Idiota, me fez sentir derrotada!
A agonia foi tanta que depois disso queria sumir, e o fiz! Depois que me largou, dei uma coçada boa no ouvido, do tipo, “velho, tu me deixaste surda”, sorri maliciosamente e sai andando.
Ele também tomou seu caminho, mas ainda gritava umas coisas de longe. Por gentileza, virei e sorri e ele fazia gestos apontando para mim e para seus olhos.
Pode-se pegar DSTs por corte fresco de boca que beija estalado um ouvido?
Argh!


Nina


“Be kind to me or treat me mean
I’ll make the most of it, I’m an extraordinary machine.”
Fiona Apple