Sunday, October 29, 2006

Só eu sei...


Confesso, estava nervosíssima, não esperava que aquilo iria acontecer, bem, na verdade queria que acontecesse, mas era tão surreal, era não, ainda é, mas aconteceu, e foi surreal, muito, eu não entendi nada, mas amei, amei e amei.
Ele me envolveu entre seus braços e me beijou, mas não qualquer beijo, o beijo dele, do individuo, especifico daquela boca, que esta naquele rosto, composto daqueles olhos e aquela sobrancelha, que possui aquela voz, e me toca com aquelas mãos ásperas. Esse menino, que possui a historia dele, junto da vida da mãe dele, e do pai dele, pois é ele mesmo, que vive naquela casa, com aquele banheiro e que escova aqueles 28 dentes que estão naquela boca, a boca que me beijou.
Só ele, poderia me dar esse beijo e fazer com que todos meus sentidos se alertassem, que meu estomago embrulhasse, que minhas mãos transpirassem, que minha língua dançasse e que o ar me faltasse.
E com tanto, fui diminuindo, e me entregando imensidão daquele beijo, daquele toque. Era leve e tiraram meu pé do chão, não sei se fui eu, se foi ele ou se foi o autor, mas eu voava, era uma nevoa, um espírito, um alma, que só era alma, densa o suficiente para sentir o toque, e viva para beijar aquela boca, quente e úmida e curtir o momento da proliferação das bactérias de nossas salivas se renovando.
Eu diminuí, e ele continuou do mesmo tamanho. Foi gradual e a cada palpitação, a cada onda de calor no meu peito e cada suspiro gemido, diminuía uns 10 cms, e em alguns minutos eu estava do tamanho de uma polegada, isso, uma polegada, e me atrevi ao abrir os olhos e ver que aquela boca agora era minha!
O hálito caramelado me tragou boca adentra.
O tempo tinha parado, mas os movimentos daquela língua dentro da minha boca continuavam, e eu estava ali, vendo de camarote, VIP do melhor beijo que já recebi.
Eu estava com meu discman no bolso, e coloquei aquela musica, a que não podia faltar para meu momento paládico, Elis Regina e Tom Jobim, Só Tinha de Ser com Você, play, repeat e me aconcheguei no pré-molar, nem tão perto, nem tão longe, bem no meio, com a visão linda do nosso beijo.

"...Se ao menos pudesse saber
que eu sempre fui só de você,
você sempre foi só de mim..."

Deitei, fechei os olhos e senti o êxtase daquele momento, meu corpo estremecera, sinais vitais lentos e respiração forte, e em devaneio achei uma posição segura naquele pré-molar. A libido me foi estrema e adormeci banhada em doce saliva do beijo.
O amo.
Abri os olhos em desespero, como se estivesse sufocada, como se algo bloqueava a entrada do ar mofado daquele quarto dentro dos meus pulmões, e com a inspiração forte acordei ele, que olhou para mim, sorriu, passou a barba cerrada contra meu rosto e voltou ao sonho.

Monday, October 23, 2006

Im sorry, dont let it stand in our way



What is life, if it isnt the eager of persuasion?
The crying and the laughter
The laughter while crying
What is life, if it isnt a dream?
The surreality of being alive
What is life if it isnt the attempt of comunication?
The truly connection between body, mind and soul
What is life if it isnt the hope on everlasting moments?
It is the failling of eternity!
Every attempt desire, persuasion, dream and connection fade away like the smoke of one sorrow cigarrette
There are no laters, either afters, just the right now fading
To say love to a moment is to say love for life time.

Sunday, October 15, 2006

Its now or never...


-Help!
-What is it?
- I’m so horny!
-Hahaha
- I mean it woman, remember how I haven’t been horny for such a long time, I mean… think about my past relationship you will figure how horny I am right now.
-Isn’t there anybody you could call?
-Well, I called someone already. You won’t believe this, I’ve called B, asking if I could come over, you know, to make out and he said NO.
-Hahaha you are crazy!
-I know! I feel so embarrassed… no I don’t, I’m just horny, and it’s totally acceptable!

***

-Should I call him?
-No, don’t call!
-But I want to!
-Ok then, call…
-But then I would be to easy…
-Call!
-Thanks.

***
-I’m so bored!
-Me too.

***

-Its funny how we manage to come to these events just for social appearance, and hope to find someone, a man, nice enough to consider fucking right after the boring ceremony.
-True, but we never fuck them… Stupid self respect!
-I hope they have alcohol.

Tuesday, October 10, 2006

O martirio.



A família Calas está sentada à mesa, chega um amigo que vem de longe. Começa a falar de sua cidade. Ao final de um tempo, nota que não estão prestando atenção e que ninguém responde a seus comentários. O pai, Jean Calas, acaba interrompendo-o: diz que precisa tomar uma decisão.
Marco Antonio se prepara para assinar a conversão ao catolicismo, explica o pai. Esta há dezessete dias trancado em seus aposentos, lendo a Bíblia. Colocamos no meio das paginas aranhas e cobras, mas nada o distrai.
À noite, diz a mãe, temos lhe dado velas das quais retiramos quase todo pavio para que se apaguem logo, mas ele continua lendo, controlando a luz da lua através de um sistema de espelhos. E nas noites sem lua, na mais completa escuridão, repete as palavras sagradas, que para nós, já não são sagradas.
Não há jeito de convencê-lo?, pergunta o amiga. Mulheres? Uma viagem?
Já tentamos tudo, diz o pai. Agora devemos sacrificar o cordeiro.
Mas é nosso cordeiro, diz a mão. Se esperássemos um pouco mais...
O pai: Amanha ele seguirá até Santo Estevão para assinar a conversão. Então poderá atuar como advogado. Talvez atue contra nos, para provar que sua decisão é sincera. Não há fé mais daninha que a fé dos convertidos.
Onde vamos fazê-lo?. pergunta o amigo.
Lá em cima há um prego, no alto da porta. Nunca encontramos nenhuma utilidade para ele, mas também não conseguimos arrancá-lo.
Talvez devêssemos esperar até amanhã, diz a mãe.
A corda esta impaciente, diz o pai.
Em silencio, sobem para buscá-lo. À frente do grupo vai Jean Calas, com a corda em suas mãos.
Marco Antonio esta lendo na cama quando é interrompido.
Viemos falar com você
Com uma corda? Estranha conversa.
Falemos da decisão que você vai tomar.
Já é tarde. Estão me esperando, Renuncio à fé de Lutero.
Então não resta outro caminho, diz o pai.
Onde será?, pergunta o filho. Gostaria de terminar esse parágrafo, que fala cobre martírio.
O pai arranca a pagina. Enfia a bola de papel na boca do filho.
Você não precisa ler sobre martírios: já saberá por experiência própria.
A mãe e o amigo sustentam o jovem. O pai passa o laço pela cabeça. Todos levantam Marco Antonio e o penduram.

Pablo de Santis
O Calígrafo de Voltaire

I never ment to do you wrong, thats what I came here to say



I’ve become a self-centered bitch
A bump
Fuck, I need a smoke
I’m two of a kind.
I’m sleepy and my throat sores
Bastards
I’m not sick or anything
On the contrary
I feel high, and on the top of the world!
I deserve this,
I’ve been so kind to everybody
So pure and saint
Fuck it
Fuck it
Fuck it
It’s the heroin
Gets you sleepy… you know
Better than sex
Get an orgasm multiply by a thousand
That is heroin
Bet you know about that already
You tele sick
You sick boy
I need some fucking, tea and someone to read literature to me
I need to be bitten
Something to take me out of this dread
Some pain killers
Some Tylenol
Some new shoes
I need to loose weight
I need a job and a career, something to care about
I need time and space
Fuck
I need to be controlling and mind-fucking
Grumpy and complex
I want the world
And I want it to want me
Why?!
Because I can!

Tuesday, October 03, 2006

The past is the past, it was meant to be that way.

-Senhora, você não pode fumar nesta área.
-Senhora? Quantos anos você acha que tenho?
-Sua idade não me importa, mas sugiro ter uns 30.
-Bem perto.
-Mas mesmo assim, não pode fumar nesta área.
-Carlos, você fuma?
-Fumo!
-Eu não!
-Senhora, por favor...
-Carlos, eu não to fazendo nada de errado. Na verdade estão fazendo coisas erradas comigo.
-Senhora, a senhora não pode...
-Fumar nessa área, já entendi. VOCÊ que não esta me entendendo, eu não fumo, eu não fumo.
-O que é isso em sua mão?
- É uma epifania.
- Epifania?
-Aham, uma epifania. Eu não estou nada bem e isso, veio parar em minhas mãos. Diferente de você que fuma... meu vicio é roer as unhas, só isso. Vem cá senta do meu lado.
- Senhora, eu vou ter que chamar o segurança.
- Basta com o senhora merda! Senta aqui ao meu lado. Carlos repito que isso é uma epifania. Eu num quebro leis nem nada parecido. Isso aqui é uma epifania, você deveria se acalmar e sentar do meu lado.
Ele sentou
-Sente isso?
-Não sinto nada senhora.
-Isso é angustia, por isso que não sente, só eu posso senti-la porque esta dentro de mim... por isso da epifania. Você quer um cigarro?! Afinal, você fuma.
Ele aceitou
-Nos parecemos muito Carlos, mas que você imagina. Você estava ali, na minha frente pedindo para não fumar nessa área, e nem fumar eu fumo. Agora esta aqui ao meu lado com um cigarro na mão. Não me entenda mal, não estou te julgando nem nada, afinal eu sou a que esta com a epifania no saguão do hotel onde você trabalha. Enquanto estava ali, logo ali, em pé na minha frente falando ordens para mim, vi logo que não acreditava nelas. Como eu, não acredito em regras, por isso da minha angustia. Estão me ditando regras Carlos, regras que eles confiam fielmente e que para mim elas não tem valor nenhum.
-Qual o nome da senhora?
-Sofia.
-Senhora Sofia, sabe quando se tem algo que esta imperfeito, mas algo pequeno, como a ponta de um palitó para fora do carro, como uma unha ruída entre outras 9 perfeitas...
-Sei...
-Então, se sabe que aquilo é algo pequeno, que não faz diferença nenhuma, se tem essa consciência, mas mesmo assim, aquele detalhe mínimo, a unha ruída dentre as 9 boas se transforma em algo enorme, que incomoda, incomoda demais, incomoda como se fosse uma divida, ou mesmo a morte de um ente querido
-Ta vendo Carlos, somos parecidos. Justamente essa minha angustia, algo pequeno, que me dá essa epifania tremenda. Algo pequeno que me incomoda como se fosse um prego fincado em meu pé, que a cada passo gera uma dor aguda diferente da anterior, e mesmo ficando com esse prego no pé nunca poderia me acostumar, porque a dor sempre é diferente. Sabia que iria entender minha epifania. Vem cá, deixa eu acender esse cigarro para você.
-Não posso, agora eu tive uma epifania.
-Hahaha qual Carlos?
-A que a Senhora não pode fumar nessa área, e se fumar isso vai me incomodar profundamente, como um prego em meu pé que a cada pisada é uma dor diferente.
-Carlos, você não tem coração.
-Eu tenho. Outra cousa que tenho é horário para cumprir e achei a senhora muito interessante, não quer que te leve para tomar um chá? Em.. mais ou menos uma hora?
-Eu quero!

Monday, October 02, 2006

She scream in silence

Today she was a bitch.
Today she was dying of broken heart.
She was easily overwhelmed by some new circunstances that happened not a while ago, and got stuck, as most woman do -deadly women- do.
And even tho her death was warly last night, she was still able to act like a live bitch today.
As the phone went off, she was wondering about this night, how it sould be, and how it would endly. Mostly worried about other death, her death.
As the phone wen off, she isntantly called someone else, just for a nice chatting and a not so surprisely yes was heart.
That sadly yes got her new hopes.
She took the other out for chocolate around come pub. Talked about nonsense od furtune teller, and early 60s movies.
The night went about was a joke. Nothing was real, nor the chocolate, nor the cigarrets, not even the company was real, was like meeting someone online, which you think at first that you totally connected with that person, but truly its just a proximity enfatuation of lonliness, you are so lonly and dispear for a new company that all that is said sounds like this real magnetude subject.
As the night went about, they both got bored.
So lets go!
She went to drop him off, hoping for a goodbye kiss.
Nothing gives more pleasure to her then a goodbye kiss. Its so briliant and intense, and still you are saying goodbye, hoping to be kissed, for the last time, cuz it is a goodbye.
Tongiht she was bitch, dead and resurected, by new and old blokes to fill in her blank.