Thursday, June 22, 2006

I just want another try.


I read things that arent in your mind
I read things wishing you were mine
I save time to be with you
But sometimes you cant see my due
I hate to live in this shadow
But for you my baby, there is no down low
You tell me all about your life
But deep inside you are cutting me with a knife.

Do you love me still?
Because that is how I feel!

I wait for your phone calls
But I play hard so you wont pass my walls.
All I have is a secret
And I wish you could keep it.
You treat me as a kind friend
But my love for you doesnt know an end

Am I letting myself be killed?
I am sure feeling terribly ill.

I laugh of your silly jokes
But I keep mistake them for hopes
You touch me for accident
Oh baby, I wish you had other intend
You’ve broke my heart already
But I am afraid I am not ready

Do you love me still?
Because that is how I feel!

You read my thoughts
And certain that is very odd
You think I deserve something better?
I want you, and that is what matter
You are jealous of me
But you never tried to kiss me
I’ve seen you crying so many times
And I feel like touching you all these times

Am I letting myself be killed?
I am sure feeling terribly ill.

I want more
Im afraid Im turning into a bore
Cant you read my eyes?
Believe me, they never lie.
Plese give me sign
Because Im dying inside.

Do you love me still?
Because that is how I feel!
Nina

Sunday, June 11, 2006

Someday you'll know.


Ontem, sentada estava e sentada fiquei.
A verdade é que ele passa pela manhã, e a manhã importuna já havia passado, e nada dele.
O que por um momento me assustou, não pela probabilidade que talvez não o veria, mas por esta esperando-o passar com tanto anseio. Na verdade as duas.
Era véspera de sua viagem de isolamento, dessa que se desliga o celular, não se vê e-mail, saudades é uma palavra sem sentido. Realmente é bem a cara dele esse tipo de viagem.
O livro estava do meu lado “A Insustentável Leveza do Ser”, meu livro/presente.
Eu me via ansiosa e evitando o máximo tocar no assunto, para não realçar mais ainda minha preocupação, que por ela mesmo já me preocupava. Pode-se dizer então, que era uma preocupação ao quadrado.
Eu me senti como Charlie Brown, esperando a menininha ruiva para o Baile do Dias dos Namorados. A analogia bem serve, porque eu sou ruiva, e ele careca, mas a situação é espelhada, e estamos a poucos dias do dia dos namorados.
A ânsia crescia, mas como qualquer uma bem duradoura, ela fugia da minha mente ao decorrer do dia, me dando pausas de fôlego, mas logo voltava, do nada, cada vez mais intensa, lembrando mais uma vez que a minha preocupação era ao quadrado.
Umas 4 da tarde eu já havia desistido do masoquismo e me conformado que não o veria. Provavelmente deve ter começado o isolamento um pouco mais cedo, e nisso tirou-me o direito de vê-lo, como fazia todos os dias.
As 5 e pouquinho, a impaciência só batia no hipotálamo, mas nada muito intenso, um incomodozinho chato. Enquanto isso eu pregava a morte do MLST. Somatizei tudo, e com um pouco de lirismo, proclamava o melhor discurso contra os hippies sindicalistas metalúrgicos sem teto.
Foi quando pela fresta da porta, eu o vi me procurando, nossos olhos se encontraram inesperadamente e ele me acenou um singelo tchauzinho e logo saiu do meu campo de visão. Eu, feliz e possivelmente indignada pelo singelo tchau, interrompi meu discurso sem alertar meus ouvintes e sai correndo. Gritei um “Ei!”, mas de imediato ele não se virou, passou uns segundos que senti como se fossem 3 minutos e ele se virou, me viu e corri um pouco mais para nos abraçarmos.
O abraço, hmmm o abraço é um momento solene! As duas pessoas têm que saber quem são em um abraço, seus papeis e suas respectivas posições, gestos e afagos. Eu, como sou baixa, o melhor abraço é quando me estico, fico de ponta dos pés e me penduro no outro com o rosto na vértice entre pescoço e maxilar, do lado esquerdo. O outro assim se encaixa na vértice do meu pescoço e meu maxilar, e me envolve pela cintura.
O homem é o viril, o protetor, alto e largo, foi o primeiro a ser criado, e no meu ato de esticar tento alcançá-lo com toda sua magnitude, e me mostrar agradecida. Eu, eu sou frágil, pequena, mulher delicada, e seu braço me envolvendo pela cintura traz segurança, proteção e fidelidade. A chave, a chave mesmo é o esconderijo da face entre o pescoço e o maxilar, alem de zona erogena, é carinho gostoso, quente e abafado, a compatibilidade e o encaixe perfeito. O abraço é uma dança divina que poucos sabem.
Minha pressa foi tanta, que esqueci o presente.
Com a voz abafada, conversamos:
- Deixa-me ir pegar seu presente, ta lá dentro.
- Não, estou com pressa, Vou almoçar agora, acredita?
- Não, vou rápido pegar.
- Mais tarde você me dá.
- Não, eu tenho aula.
Curtimos nosso abraço por mais um tempo.
Deixando o abraço se afrouxar um pouco, eu disse:
- Boa viagem!
Ele sorriu, nos separamos, e saímos por lados opostos.
Eu gritei :
- Te entrego na volta!
Ele se virou, sorriu, acenou.
Eu sorri e me virei, indo em direção aos meus ouvintes, que agora estavam na porta como platéia, assistindo a cena de cinema que eu atuara.
O presente ficou, a manhã importuna passou, a tarde passou com apertos no meu hipotálamo, o MLST esta na papuda, mas aquele abraço foi meu ápice.
Não viajaria sem pelo menos um singelo tchauzinho de fresta de porta, e eu não o deixaria ir com um singelo tchauzinho sem pelo menos um abraço mais que satisfatório.
Nina