Cabernet Sauvignon e afins...
Graças ao Alfredo Hemingway, eu estou postando nesse blog, e graças a minha hobbit favorita Saara Saroka tambem, porque me apresentou este duende verdeencantador, Hemingway.
Vale as considerações...
Não sou sommelier, mas tenho uma grande apreciação por vinhos –tintos em geral-, e isso não começou agora, tem mais ou menos uns 15 anos.
Me recordo como se fosse hoje, tinha uns 5 anos de idade, oh idade maravilhosa, em que nada é agonizante e tudo é justificável por um simples choro, manha ou risada...bem isso não vem ao caso.
Era ceia de natal, estavam todos no nosso apartamento, na 403 Norte, eu gostava daquele apartamento, era laranja com um pufe rosa enorme no meio da sala, escolha decorativas a parte, o apartamento era legal demais.
O meu desejo pra experimentar vinhos era enorme, e quando era proibido, parecia mais tentador ainda, mas com 5 anos era totalmente inconcebível EU tomar vinho, mas a curiosidade aguçava a ação de experimentar de alguma forma.
Foi melhor que Missão Impossível foi como Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes.
Fingi que fui dormir, e esperei que todos fizessem o mesmo, mas sem a parte do fingir, depois chamei meu irmão mais velho pra ir comigo até a cozinha, eu tinha medo do corredor, e pela noite, do meu quarto até a cozinha era uma caminhada sem fim a apavorante, de dá suspiros fortes por cada barulhinho, tinha medo dos meus próprios passos, tinha a sensação que estava sendo seguido. Pois bem, chegando na cozinha, já foi um alivio, porque podíamos ligar a luz e ninguém suspeitaria de nada. Como era baixinha, não alcançava a pia – Ah esqueci de comentar e agradecer de certa forma, na noite de ceia de natal, ninguém lava louça, então a pia fica entupida e copos e taças de vinho com restos, senão fosse por isso o meu plano sagaz não daria certo – peguei todas as taças de vinho, claaro me esticando, e enchi uma só com o restos de todas as taças que haviam deixado ao lado da pia - ah enquanto meu irmão dormia sentado na cadeira – degustei o melhor mix de vinhos tintos da minha vida, foi ótimo.
Depois acordei meu irmão para voltarmos pro quarto, a satisfação era tanta, que poderia voltar sozinha mesmo, qualquer bicho papão poderia aparecer que o esmurrava, consegui o que queria e isso que importava naquele momento, me sentia a criança de 5 anos mais sagaz da face da terra, a própria Mafalda, mas sem os ideais comunistas.... claaro!!!
Foi o melhor natal, tomei vinho, venci o medo do corredor (bem....mais ou menos...) a ainda de amanhã cedo havia uma boneca embaixo da minha cama, com papel de presente os smurfs!
O vinho ta no sangue, ou melhor vinho é sangue.
Vale as considerações...
Não sou sommelier, mas tenho uma grande apreciação por vinhos –tintos em geral-, e isso não começou agora, tem mais ou menos uns 15 anos.
Me recordo como se fosse hoje, tinha uns 5 anos de idade, oh idade maravilhosa, em que nada é agonizante e tudo é justificável por um simples choro, manha ou risada...bem isso não vem ao caso.
Era ceia de natal, estavam todos no nosso apartamento, na 403 Norte, eu gostava daquele apartamento, era laranja com um pufe rosa enorme no meio da sala, escolha decorativas a parte, o apartamento era legal demais.
O meu desejo pra experimentar vinhos era enorme, e quando era proibido, parecia mais tentador ainda, mas com 5 anos era totalmente inconcebível EU tomar vinho, mas a curiosidade aguçava a ação de experimentar de alguma forma.
Foi melhor que Missão Impossível foi como Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes.
Fingi que fui dormir, e esperei que todos fizessem o mesmo, mas sem a parte do fingir, depois chamei meu irmão mais velho pra ir comigo até a cozinha, eu tinha medo do corredor, e pela noite, do meu quarto até a cozinha era uma caminhada sem fim a apavorante, de dá suspiros fortes por cada barulhinho, tinha medo dos meus próprios passos, tinha a sensação que estava sendo seguido. Pois bem, chegando na cozinha, já foi um alivio, porque podíamos ligar a luz e ninguém suspeitaria de nada. Como era baixinha, não alcançava a pia – Ah esqueci de comentar e agradecer de certa forma, na noite de ceia de natal, ninguém lava louça, então a pia fica entupida e copos e taças de vinho com restos, senão fosse por isso o meu plano sagaz não daria certo – peguei todas as taças de vinho, claaro me esticando, e enchi uma só com o restos de todas as taças que haviam deixado ao lado da pia - ah enquanto meu irmão dormia sentado na cadeira – degustei o melhor mix de vinhos tintos da minha vida, foi ótimo.
Depois acordei meu irmão para voltarmos pro quarto, a satisfação era tanta, que poderia voltar sozinha mesmo, qualquer bicho papão poderia aparecer que o esmurrava, consegui o que queria e isso que importava naquele momento, me sentia a criança de 5 anos mais sagaz da face da terra, a própria Mafalda, mas sem os ideais comunistas.... claaro!!!
Foi o melhor natal, tomei vinho, venci o medo do corredor (bem....mais ou menos...) a ainda de amanhã cedo havia uma boneca embaixo da minha cama, com papel de presente os smurfs!
O vinho ta no sangue, ou melhor vinho é sangue.
* Ver “A Tale of Two Cities” – Charles Dickens, Chap 3 - The Wine Shop
É lindo esse texto, um dia escrevo aqui, talvez no proximo post ... Isso no próximo post!